A MMN (minha mai' nova) e a MMV (minha mai' velha) voltaram esta semana à escola, e logo para uma escola nova. Sem medo do Covid, ansiosas com os novos amigos, lá foram elas, destemidas, confiantes, com mochilas a fazer de capas de super heróis. Eu cheio de medo que alguma coisa corresse mal (vão se adaptar à nova escola? vão-se gostar dos novos colegas? os novos colegas vão gostar delas?) cá dentro do cofre, bem tapado pela fachada do "vai correr tudo bem, vais ver!", elas aventureiras e com o olhar quem não tem medo de nada. Fossem estes tempos bíblicos e o dilúvio que caiu à hora da entrada seria um sinal para não avançar... Mas elas, com um sorriso, sumiram pela nova escola dentro com um "Até logo, pai!"... Estivessem os parentescos trocados e diria que me estavam a querer proteger do que estavam realmente a sentir... mas não, são mesmo fortes, as garotas! A MMN chegou a casa no final do primeiro dia, com uma melhor amiga e com mais 2 amigas... a colega de carteira perguntou-lhe se ela queria ser a sua melhor amiga e ela disse logo que sim... Tão fácil!... A MMV, vinha com uma nova amiga no final do primeiro dia, mas igualou a irmã em número de amigas ao final do segundo dia. Qual vírus, o número de amigos vai crescer exponencialmente nos próximos dias, mesmo que só lhes dêem 10 minutos de intervalo por dia, para o conter. Passei a vida inteira a dizer-lhes que os afetos são uma coisa boa, ótima, mas o Covid fez-me troca-tintas... é bom, mas não se pode... e elas, elásticas, aceitam o melhor que o coração e a consciência de crianças lhes permite. São fortes, as garotas... Quando for grande, quero ser tão forte como elas!
